O título do post está como Ligações Perigosas, porém em algumas traduções do livro título ficou como As Relações Perigosas.
O livro é uma coletânea da correspondência entre alguns aristocratas franceses e se passa na década de 1780, onde o Visconde de Valmont e a Marquesa de Marteuil, libertinos declarados e antigos amantes, ficam no centro da trama, já que ambos manipulam e interferem na vida dos outros personagens a seu bel prazer. Valmont, com seu projeto de seduzir a Presidenta de Torvel, uma mulher casada e que está morando com sua tia no campo, e a Marquesa de Marteuil, que tem como objetivo "corromper", a Cecílie de Volanges para se vingar, usando para isso o Cavalheiro Danceny. Nas citações ao final do post dá pra ter uma ideia do caráter dos personagens.
Figurino
O figurino é impecável! Além de lindo achei que é bem pensado e historicamente correto. Cada personagem usa roupas um tanto diferentes, pois a personalidade dos personagens é mostrada através de suas roupas. Em várias cenas vemos que a preocupação se estende pra roupa de baixo (o que pra mim é uma das coisas que indica um bom figurino). Aqui tem vários screencaps do filme, pra quem quiser conferir o figurino.
A Marquesa de Marteuil usa até mesmo uma réplica de um quadro da Mme de Pompadour:
Já os figurinos da Presidenta de Torvel são mais sóbrios:
Eu geralmente não comento sobre ambientação por não entender muito do assunto, mas nesse caso a decoração foi algo que também me chamou a atenção por ser lindíssima, pois foi filmado em construções francesas históricas. A trilha é bem aquela típica de filmes de época, rs. Diria que é um tanto neutra...
Diferença livro x filme e sua adaptação
Como o livro é todo em cartas, logo de cara podemos perceber que a narração precisa ser toda modificada pra dar certo como filme. Também houveram cortes em relação às ações da Marquesa, porque o filme fica mais focado no Valmont. Mas de qualquer maneira é uma boa adaptação. A essência dos personagens e da história está toda lá.
Eu adorei a história desde que vi o filme e recomendo, e pretendo ver as outras adaptações que existem, vi que tem até mesmo uma coreana, hehe.
Citações do livro (sem spoilers):
Longe de mim a ideia de destruir os preconceitos que a obsedam: aumentarão minha felicidade e minha glória. Que acredite na virtude, mas que a sacrifique a mim. Que suas faltas a amedrontem sem a deter e que, tomada de mil terrores, só possa esquecê-los e dominá-los em meus braços - Viconde de Valmont
Ignorais o quanto a solidão aumenta o ardor do desejo - Valmont
Tenho necessidade de possuir essa mulher para redimir-me do ridículo de estar enamorado dela - Valmont
Poderá haver prazer com as pudicas? - Marquesa de Marteuil
Tenhamos boa fé; em nossas combinações tão frias quão fáceis, o que chamamos felicidade é apenas prazer - Marteuil
Só nos devemos permitir excessos com quem pensamos deixar muito breve - Marteuil
Deixar-me acreditar-vos perfeita: é o único prazer que me resta - Valmont
É preciso se acostumar às grandes emoções quem se destina às grandes aventuras - Marteuil
Este amor, que antes fazia o encanto da minha vida, me é agora um tormento - Cavalheiro Danceny
sábado, 28 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Tutorial swiss waist
Como prometido, aqui vai o tutorial do swiss waist que eu usei no meu traje de chá.
Sobre swiss waist:
Swiss waist é ama peça semelhante a um corselet ou cinto usada por cima da roupa durante a era vitoriana, entre as décadas de 1860 a 1910. É estruturada com forro e barbatana e se diferencia de um corset waist cincher por não possuir o busk na parte da frente, sendo que por vezes há uma amarração frontal.
Lembrando para esse tutorial que é uma peça pra usar "de enfeite", então ela será feita na medida da cintura e com uma estrutura básica, pois a pessoa já vai estar usando um corset com estruturação correta por baixo. Além do mais acho válido acrescentar que não sou historiadora e esse tutorial é baseado nas minhas pesquisas.
Materiais:
Menos de 0,5m de tafetá
Menos de 0,5m de brim
Aprox. 1,2m de viés de algodão fino
Aprox. 1,2m de barbatanas de plástico/silicone
Aprox. 10 ilhós
Aprox. 30cm de viés de cetim largo (da mesma cor que o tafetá)
Todas as medidas são aproximadas porque variam de acordo com o tamanho da pessoa.
Passo 1:
Fazendo o molde.
O molde de um swiss waist é bem simples (apesar do desenho confuso, rs). Em vermelho estão as linhas que de fato delimitam a peça, em preto as linhas guias pra construção do molde, e em verde estão as medidas que eu usei pra fazer a minha peça. As curvas podem ser mais profundas ou não, dependendo do seu gosto, mas as laterais precisam ser retas.
É um molde bem intuitivo de se fazer, e uma dica pra ver se o tamanho está bom é cortar no papel e envolver na cintura em frente a um espelho, pra ver como fica.
O meu molde depois de cortado:
Passo 2:
Cortar os tecidos.
Pra cortar a parte da frente deve ser posicionada na dobra do tecido. É nessa hora que eu acrescento as margens de costura, sendo de 1cm em toda a sua extensão.
O brim será usado para o forro, e deverá ser cortado assim:
Já para cortar o tafetá, faremos uma abertura (na linha central do molde) de aproximadamente 8cm , pra que o tafetá fique com esse aspecto drapeado.
Passo 3:
Marcar aonde irão as barbatanas com o lápis.
Também é algo intuitivo, eu dispus minhas barbatanas da seguinte maneira: 2 barbatanas atrás, sendo uma reta e outra inclinada, uma na lateral, e 2 na frente, sendo uma reta (a central) e outra inclinada.
Passo 5:
Colocar a barbatana dentro das canaletas de viés.
É importante que a barbatana fique de 0,5cm a 1cm da margem de costura para que a barbatana não seja costurada e não atrapalhe quando a peça precisar ser virada.
Passo 6:
Costurar o forro no tecido principal.
Para costurar assim, o lado direito do tafetá deverá estar para dentro junto com o lado direito do forro (a parte onde não aparecem as canaletas das barbatanas) na hora de costurar. Somente as partes superior e inferior serão costuradas.
Passo 7:
Desvirar a peça.
Como a peça foi costurada com as duas faces externas pra dentro, é preciso desvirá-las para que as faces que estavam dentro fiquem para fora.
Passo 8:
Pespontar a face externa.
Passe uma costura do lado de fora, pra manter o tafetá no lugar e dar um acabamento mais bonito.
Como fica após pespontar:
Passo 9:
Fechar a lateral.
Na hora de fechar o tafetá deve ser costurado franzido por cima do brim, para que o efeito drapeado se mantenha.
Passo 10:
Costurar o viés.
Para costurar você tem que primeiramente dobrar a parte de cima, posicionar o viés no avesso, costurar, dobrar pra frente e costurar de novo.
Depois de pronto:
Passo 11:
Marcar o lugar dos ilhós.
Os ilhós precisam ser marcados paralelamente nas duas laterais, eu fiz eles com um espaço de 3cm entre eles.
Depois de pronto. Note como o primeiro ficou amassado, eu tinha posicionado o alicate de forma errada na hora de pressionar, tomem cuidado com isso.
E fim! Agora é só passar a fita de cetim (eu passei da mesma forma que se passa em um corset) para vestir. Como ficou o meu:
Outras ideias de como adaptar esse tutorial:
É isso, espero que tenham gostado e qualquer dúvida é só comentar que eu respondo ^^
Principais fontes consultadas:
The cut of womans clothes: 1600-1930 - Norah Waugh
The dreamstress
MET Museum
Portrait of Princess Mathilde of Bavaria, late 1890s in a dress with a swiss waist
Swiss waist é ama peça semelhante a um corselet ou cinto usada por cima da roupa durante a era vitoriana, entre as décadas de 1860 a 1910. É estruturada com forro e barbatana e se diferencia de um corset waist cincher por não possuir o busk na parte da frente, sendo que por vezes há uma amarração frontal.
Lembrando para esse tutorial que é uma peça pra usar "de enfeite", então ela será feita na medida da cintura e com uma estrutura básica, pois a pessoa já vai estar usando um corset com estruturação correta por baixo. Além do mais acho válido acrescentar que não sou historiadora e esse tutorial é baseado nas minhas pesquisas.
Materiais:
Menos de 0,5m de tafetá
Menos de 0,5m de brim
Aprox. 1,2m de viés de algodão fino
Aprox. 1,2m de barbatanas de plástico/silicone
Aprox. 10 ilhós
Aprox. 30cm de viés de cetim largo (da mesma cor que o tafetá)
Todas as medidas são aproximadas porque variam de acordo com o tamanho da pessoa.
Passo 1:
Fazendo o molde.
O molde de um swiss waist é bem simples (apesar do desenho confuso, rs). Em vermelho estão as linhas que de fato delimitam a peça, em preto as linhas guias pra construção do molde, e em verde estão as medidas que eu usei pra fazer a minha peça. As curvas podem ser mais profundas ou não, dependendo do seu gosto, mas as laterais precisam ser retas.
É um molde bem intuitivo de se fazer, e uma dica pra ver se o tamanho está bom é cortar no papel e envolver na cintura em frente a um espelho, pra ver como fica.
Passo 2:
Cortar os tecidos.
Pra cortar a parte da frente deve ser posicionada na dobra do tecido. É nessa hora que eu acrescento as margens de costura, sendo de 1cm em toda a sua extensão.
O brim será usado para o forro, e deverá ser cortado assim:
Já para cortar o tafetá, faremos uma abertura (na linha central do molde) de aproximadamente 8cm , pra que o tafetá fique com esse aspecto drapeado.
Passo 3:
Marcar aonde irão as barbatanas com o lápis.
Também é algo intuitivo, eu dispus minhas barbatanas da seguinte maneira: 2 barbatanas atrás, sendo uma reta e outra inclinada, uma na lateral, e 2 na frente, sendo uma reta (a central) e outra inclinada.
Passo 4:
Costurar o viés onde a barbatana irá passar.
A marca feita no passo anterior deve ser posicionada no meio do viés, e a costura passa nas duas laterais, onde tem aquela aba.
Depois de pronto:
Se você se pergunta o porquê de azul, é que era o único viés fino que eu tinha e eu estava com preguiça de ir comprar outro, mas recomendo que escolha um viés da cor do forro.Passo 5:
Colocar a barbatana dentro das canaletas de viés.
É importante que a barbatana fique de 0,5cm a 1cm da margem de costura para que a barbatana não seja costurada e não atrapalhe quando a peça precisar ser virada.
Passo 6:
Costurar o forro no tecido principal.
Para costurar assim, o lado direito do tafetá deverá estar para dentro junto com o lado direito do forro (a parte onde não aparecem as canaletas das barbatanas) na hora de costurar. Somente as partes superior e inferior serão costuradas.
Passo 7:
Desvirar a peça.
Como a peça foi costurada com as duas faces externas pra dentro, é preciso desvirá-las para que as faces que estavam dentro fiquem para fora.
Passo 8:
Pespontar a face externa.
Passe uma costura do lado de fora, pra manter o tafetá no lugar e dar um acabamento mais bonito.
Como fica após pespontar:
Passo 9:
Fechar a lateral.
Na hora de fechar o tafetá deve ser costurado franzido por cima do brim, para que o efeito drapeado se mantenha.
Passo 10:
Costurar o viés.
Para costurar você tem que primeiramente dobrar a parte de cima, posicionar o viés no avesso, costurar, dobrar pra frente e costurar de novo.
Depois de pronto:
Passo 11:
Marcar o lugar dos ilhós.
Os ilhós precisam ser marcados paralelamente nas duas laterais, eu fiz eles com um espaço de 3cm entre eles.
Passo 12:
Pregar os ilhós.
E aí que o alicate entra. Você primeiro usa ele pra fazer os furos nos lugares marcados, e depois para pressionar e fixar o ilhós em seu lugar.
Depois de pronto. Note como o primeiro ficou amassado, eu tinha posicionado o alicate de forma errada na hora de pressionar, tomem cuidado com isso.
E fim! Agora é só passar a fita de cetim (eu passei da mesma forma que se passa em um corset) para vestir. Como ficou o meu:
Outras ideias de como adaptar esse tutorial:
Pierre Carrier Belleuse, Woman in a blue-trimmed blouse, 1895-1900
1860's
Tea gown 1885
Principais fontes consultadas:
The cut of womans clothes: 1600-1930 - Norah Waugh
The dreamstress
MET Museum
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Traje de chá 1890s
Eu já tinha comentado aqui a minha intenção de fazer um traje de chá (ou tea gown) pro próximo evento do PVSP. E bem, esse evento já foi e agora é hora de falar sobre a confecção do meu traje, hehe. Dessa vez não vou me estender em vários posts como eu fiz com o de 1851 até porque o traje é bem simples.
Então vamos lá. Já aviso que farei o costumeiro pic spam, estejam preparados, haha.
Eu estava basicamente procurando por trajes constituídos de um robe prático (o que aqui significa adaptável a outras épocas e situações), um vestido, e swiss waist, mas nada que fosse muito complicado ou caro porque o tempo era curto. Esses daqui foram os que mais me baseei pro modelo:
Então vamos lá. Já aviso que farei o costumeiro pic spam, estejam preparados, haha.
Inspirações:
Vestido de 1891-92
1885
1891
1891
1890
1890
Underwear:
Como roupa de baixo usei o meu corset de 1890-95 ( e dessa vez ele não apareceu de forma anacrônica como da outra vez, hehe), as drawers e a anágua lisa do traje da Victoria. Eu não vi necessidade de fazer novas... Mas para sustentar o vestido fiz um bumpad:
Eu fiz esse bumpad na intuição porque vi praticamente nenhuma da época que eu estava me inspirando (1890-95).
Robe:
O robe foi feito em voal por motivos puramente econômicos, rs. E escolhi fazer ele com esses franzidos atrás e na frente para que o tecido possa ser reutilizado depois se houver necessidade. Era a peça que achei que daria mais trabalho porém foi até rápida de fazer e eu simplesmente amei o resultado e desisti da ideia de desmanchar pra reutilizar o tecido.
Vestido:
Pesquisando vi que ele poderia ser feito sem recorte na cintura e assim escolhi fazer pelo mesmo motivo do robe (economic Juliana mode: ON). Ele é quase um saco de batatas hahahahaha no decote é franzido com uma fita de cetim em um passa fitas, e a cintura fica marcada pelo swiss waist.
Swiss waist:
Eu ainda vou fazer um tutorial dessa peça, então não vou falar tanto sobre ele, mas eu fiz em tafetá e com forro em brim, e pra estruturar usei barbatanas de plástico. Edit: Tutorial
Acessórios e cabelo:
A foto mostra apenas o cabelo, mas eu ainda não tinha posto os acessórios
Para o cabelo eu me inspirei nos penteados padrão da época, porque penteados para chá mesmo eu quase não vi. A franja é "falsa", eu cacheei a parte da frente do meu cabelo (que fica a uns 5 dedos abaixo do ombro), com canudinhos (tutorial aqui), e prendi um pouco acima com grampos, pra que ela ficasse com um pouco de volume e não ficasse comprida demais. Eu acabei usando acessórios que já tinha, como as flores no cabelo, e colar, brinco e pulseira de camafeus.
Agora, fotos tiradas no dia, mostrando o resultado comigo usando:
Fotos por Cleusa Vargas:
Foto por Valdeir Neto:
Foto por Flávio Cabral:
Bem, é isso, espero que tenham gostado ^^
domingo, 3 de novembro de 2013
Jane Eyre : Filme (2011) e livro
Eu tinha visto Jane Eyre a muito tempo, pouco tempo depois que o filme lançou/saiu em DVD, e logo de cara amei! O figurino, a história, os atores, trilha...enfim, é um dos meus favoritos. Recentemente li o livro e resolvi rever o filme pra poder comparar melhor e resolvi falar sobre ele aqui. Sou péssima com sinopses, mas vamos lá:
O filme conta a história de Jane Eyre desde a sua infância. Jane é uma criança órfã que vive com sua tia e seus primos, porém ambos a tratam mal. Ela tem uma personalidade forte e é uma pessoa quieta e observadora, porém sua tia a tem como uma criança má e mal educada e a manda para um orfanato. Nesse orfanato Jane tem uma educação bem rigorosa e lá permanece até seus 18 anos (os últimos dois como professora), saindo de lá como uma moça bem educada.
Figurino:
O figurino ficou por conta de Michael O'Connor (também responsável pelo figurino de The Duchess). O livro foi lançado em 1847 mas sua história se passa 10 anos antes, porém o Cary Fukunaga (diretor) achou que seria melhor fazer o figurino da década de 1840, pois nem ele nem o Michael gostavam da moda da década de 30. O próprio Fukunaga disse: "the clothing style of the '30s was just awful". E eu não posso discordar do Fukunaga e agradecer essa escolha porque também detesto essa década, haha.
O figurino é um espetáculo a parte, e dá pra ver bem o contraste entre as roupas de trabalhadoras como a Jane e a governanta da casa (Sra. Fairfax) e pessoas mais ricas como a tia de Lady Ingram, por exemplo.
Quem quiser conferir mais imagens do figurino pode ver aqui.
Jane à frente e Lady Ingram logo atrás.
Trilha Sonora:
A música ficou a cargo de Dario Marianelli (que também fez trilhas de outros filmes de época) e é belíssima e compensa a falta de diálogo em algumas cenas. Uma palhinha:
Diferença livro x filme e sua adaptação:
Apesar dos cortes sempre presentes em adaptações ( e nesse caso foram condensadas mais de 500 páginas em 2 horas), o filme é bem fiel ao livro e os cortes não comprometem a compreensão da história. Esta não ficou confusa no filme e ainda tem o mesmo "feeling" do livro. A escolha dos atores foi ótima, mas apesar de adorar o Edward Rochester do Fassbender, a personalidade dele acabou ficando um pouco diferente da do livro, no livro ele é mais enérgico e é bem feio (fato esse diga-se de passagem que é citado constantemente), e o Michael Fassbender pode ser tudo menos muito feio.
O Cary Fukunaga aproveitou o mistério do Sr. Rochester para dar um clima mais "terror" no filme, recomendo que vejam as cenas excluídas, algumas coisas são melhor explicadas ali.
Bem, é isso, não sei se alguém por aqui ainda não viu, mas de qualquer maneira fica a dica de um ótimo filme pra quem gosta de se inspirar nos figurinos e de um romance vitoriano com um quê feminista. ^^
Citações do livro (contem spoilers):
"Há verdade nas mais loucas fábulas" Edward Rochester
"Ele me fez amá-lo sem ao menos me olhar" Jane Eyre
"E é a você, mesmo pobre e obscura, feiosa e baixinha, que peço que me aceite como marido" Edward Rochester
"Faça minha felicidade que eu farei a sua". Edward Rochester.
"Se por um lado eu não posso contaminá-la, por outro, você pode me arejar" Edward Rochester
"Meus olhos se voltavam para ele, mesmo sem querer. As pálpebras se erguiam por conta própria, e as íris nele se fixavam. Eu olhava e sentia um prazer agudo em olhar - um prazer raro, embora doce-amargo. Precioso, mas com uma ponta de agonia. Um prazer como o que um homem morto de sede deve sentir ao perceber que o poço até o qual se arrastou tem a água envenenada, água que ele, mesmo sabendo disso, beberá de qualquer forma." Jane Eyre
"Em pleno verão, descera sobre ela o rigor do inverno" Jane Eyre
"Cada átomo de sua carne me é caro como se fosse parte do meu próprio corpo" Edward Rochester
"É melhor levar uma criatura ao desespero absoluto do que desobedecer meras leis humanas, cuja transgressão não faria mal a ninguém?" Edward Rochester
"- Não seria maldade me amar
- Mas obedecer-lhe seria".
"Leis e princípios não foram feitos para os tempos em que não há tentação"
" Mas creio que nenhum serviço degrada, desde que possa nos tornar melhores" - St. John
"Propensões e princípios devem ser conciliados, de alguma forma" St. John
"A lembrança dele continuava comigo, pois não era um vapor que o calor do sol pudesse dispersar, nem tampouco uma efigie de areia que os ventos fossem capaz de desfazer". Jane Eyre.
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